O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, fixando-a em 11,25% ao ano. A decisão reflete a necessidade de conter pressões inflacionárias, alinhando a taxa básica de juros ao compromisso de estabilizar a inflação em direção à meta estabelecida. Esse ajuste ocorre em um contexto de incertezas econômicas globais, especialmente influenciadas pela conjuntura dos Estados Unidos, que apresenta desafios adicionais ao cenário brasileiro.
O Copom avaliou que a manutenção de uma política monetária mais rígida é fundamental para assegurar uma trajetória de inflação controlada, com possíveis ajustes futuros na Selic baseados no andamento das metas inflacionárias. A incerteza econômica nos EUA foi destacada como fator relevante na decisão, dado que os rumos da economia norte-americana impactam diretamente mercados emergentes como o Brasil. O comitê reforçou que sua atuação visa assegurar condições favoráveis para a recuperação econômica, mesmo diante de pressões externas adversas.
Além disso, o Copom apontou que medidas estruturais no Orçamento público brasileiro são cruciais para sustentar uma política monetária eficiente e uma inflação controlada a longo prazo. O comitê sugere que essas reformas fiscais poderão contribuir para uma trajetória econômica mais estável, colaborando para o ambiente de recuperação econômica em curso. O mercado, no entanto, permanece atento a possíveis novos aumentos da Selic, refletindo a expectativa de que o Banco Central continue vigilante e responsivo frente às variações do cenário econômico global.