No Rio de Janeiro, o Dia da Consciência Negra foi celebrado com um evento cultural e simbólico no Monumento Zumbi dos Palmares, destacando a luta contra o racismo e a valorização da herança afro-brasileira. A bandeira da União Africana foi hasteada ao lado da brasileira, simbolizando a união e a resistência negra. Atividades como danças, cantos e rituais afro marcaram o dia, celebrado nacionalmente como feriado a partir de 2024, após a sanção da Lei 14.759. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou os avanços na promoção da igualdade e a proposta brasileira de incluir a igualdade racial como o 18º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Zumbi dos Palmares, homenageado na data, liderou a resistência contra a escravidão no Brasil colonial e deixou um legado de luta pela liberdade e igualdade. O coordenador da Educafro, Joelson Santiago, reforçou que o feriado nacional representa uma conquista significativa para a população negra, mas ressaltou os desafios que ainda persistem. Apesar de serem maioria no país, negros enfrentam desvantagens em indicadores sociais, como saúde, educação e renda, além de serem os mais afetados pela violência e desemprego.
Estatísticas recentes evidenciam as disparidades. Segundo o IBGE, negros representam 55,5% da população, mas enfrentam maior desemprego, vivem em condições mais precárias e são as principais vítimas de doenças e violência. A Fiocruz apontou que negros sofrem desproporcionalmente com problemas de saúde, como tuberculose e doenças crônicas. As celebrações reforçaram a importância de políticas públicas e ações sociais para reverter essas desigualdades e avançar na construção de uma sociedade mais justa.