A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu dez investigações em 2024 envolvendo pessoas que simularam os próprios sequestros com o objetivo de extorquir dinheiro de familiares. Esse tipo de crime, segundo a Delegacia Antissequestro, foi o mais recorrente no ano e gerou sofrimento e desgaste emocional às vítimas, frequentemente parentes próximos. Os envolvidos enfrentam acusações de extorsão, com penas que variam entre quatro e dez anos de prisão.
Os casos revelaram esquemas variados, incluindo pedidos de resgate que iam de pequenos valores a quantias mais expressivas. Em um dos episódios mais recentes, uma mulher chegou a inventar um sequestro enquanto estava com o filho em um motel, exigindo R$ 3 mil do marido. Outro caso envolveu uma pessoa que gastou dinheiro de um fundo coletivo em apostas on-line e simulou o sequestro para tentar recuperar os valores, pedindo R$ 50 mil ao pai e amigos próximos.
A polícia informou que todos os casos foram solucionados com sucesso, resultando na prisão dos responsáveis, incluindo possíveis cúmplices. Apesar das confissões em alguns episódios, a maioria dos envolvidos preferiu permanecer em silêncio. Autoridades destacam que crimes como esses não apenas violam a lei, mas também causam sofrimento desnecessário às famílias, mobilizando recursos que poderiam ser direcionados a ocorrências legítimas.