Os casamentos, que antigamente eram eventos simples, transformaram-se em celebrações cada vez mais extravagantes, principalmente nos Estados Unidos. No passado, casamentos como o do presidente Rutherford B. Hayes eram marcados pela simplicidade, com os noivos utilizando trajes cotidianos e cerimônias em locais simples. Contudo, com o passar das décadas, a indústria de casamentos cresceu e passou a promover uma imagem de luxo e sofisticação, com a classe média agora capaz de arcar com custos mais altos. Isso gerou um aumento significativo no preço das celebrações, com o custo médio de um casamento nos EUA ultrapassando os US$ 35.000. Para os convidados, esse cenário trouxe um fardo financeiro crescente, já que as despesas com viagens, trajes e presentes aumentaram consideravelmente.
O impacto sobre os convidados se intensificou com práticas como a venda de ingressos para a cerimônia e o aumento de eventos extras, como despedidas de solteiro e festas de casamento em destinos internacionais. Alguns casais optaram por criar financiamento coletivo ou até mesmo cobrar dos convidados para ajudar a cobrir os custos. Além disso, as pressões da mídia e das redes sociais criaram expectativas de celebrações grandiosas e personalizadas, o que muitas vezes leva os noivos a priorizar a aparência do evento em detrimento da experiência dos convidados, que acabam arcando com parte do custo do “dia perfeito”. Isso gerou um paradoxo, em que, ao buscar a realização de seus sonhos, os casais acabam sobrecarregando seus entes queridos com despesas inesperadas.
Em contraste, muitas tradições de casamento fora do contexto ocidental mantêm a celebração como um evento comunitário e acessível, com menos foco no luxo e mais na participação de todos. Casais de orçamentos mais modestos também têm buscado alternativas mais simples e significativas, como o caso de uma drag queen que casou com um orçamento reduzido e recebeu apoio de sua comunidade para cobrir os custos. Esse contraste entre casamentos grandiosos e celebrações mais simples reflete uma mudança cultural, onde a expectativa de luxo no casamento se choca com as realidades financeiras de todos os envolvidos, fazendo com que, muitas vezes, a celebração se torne mais sobre as despesas e menos sobre o compromisso e a união que ela deveria simbolizar.