Loester Carlos Gomes de Souza e sua esposa, Raquelle Lisboa Alves de Souza, recorreram da decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), que os condenou por desvio de R$ 776 mil do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) durante as eleições de 2022. Loester, ex-deputado federal, buscava a reeleição, enquanto Raquelle concorria a deputada estadual. As investigações apontaram que ambos contrataram serviços de empresas que, segundo a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), não tinham endereço fixo nem funcionários, levantando suspeitas de fraude.
O processo, que tramitou em segredo de justiça até setembro de 2023, foi marcado por uma denúncia anônima e pelo subsequente levantamento de provas por parte da PRE. A defesa do casal alega que as empresas prestaram serviços legítimos, apresentando mais de 300 horas de gravações e dois terabytes de arquivos brutos como evidência. Eles afirmam que o julgamento foi baseado em critérios irregulares, como o histórico das empresas contratadas, e que a decisão será revertida em instâncias superiores, uma vez que consideram que cumpriram todos os requisitos legais.
Além dessa condenação, Loester Trutis já enfrentou problemas judiciais no passado, incluindo uma acusação de forjar um atentado em 2020, o que levou à sua acusação por comunicação falsa de crime e posse ilegal de armas. O ex-deputado também foi flagrado em posse de armas de fogo e munições durante uma investigação relacionada ao caso. A defesa do casal, no entanto, continua insistindo na legalidade de suas ações, aguardando os próximos passos no âmbito da Justiça Eleitoral.