Graciela Dominciano de Souza e José Euripedes Pizzo de Matos Neto foram submetidos a audiência de custódia na segunda-feira (4), tendo suas prisões em flagrante convertidas para preventivas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O casal é suspeito da morte de seu filho Luiz Miguel Dominciano de Matos, de dois meses, que faleceu no domingo (3) após ser internado em estado crítico na Santa Casa de Franca, SP.
O bebê apresentou sinais de desnutrição e uma queimadura no pescoço, aparentemente causada por bituca de cigarro, conforme boletim de ocorrência. Luiz Miguel chegou à Santa Casa com parada cardiorrespiratória e havia perdido quase um quilo desde sua última internação em outubro. A polícia foi acionada pelos médicos que atenderam o menino, resultando na prisão dos pais para prestar esclarecimentos.
A defesa do casal afirmou que Luiz Miguel possuía lábio leporino, hipotireoidismo e fibrose cística, condições que exigiam alimentação por sonda e explicavam a perda de peso. Advogados negaram qualquer maus-tratos e informaram que o bebê foi atendido anteriormente em Campinas, SP, sem diagnóstico de desnutrição. A advogada do casal entrou com pedido de habeas corpus alegando ausência de indícios de autoria e materialidade no caso.