Na noite de quarta-feira, 13, um carro explodiu na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O proprietário do veículo, identificado como Francisco Wanderley Luiz, natural de Santa Catarina, havia feito uma publicação nas redes sociais pouco antes da explosão, onde criticava duramente o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os presidentes das duas Casas do Congresso Nacional. Em seu perfil, Luiz compartilhou teorias conspiratórias de viés anticomunista, semelhantes às defendidas por grupos da extrema direita nos Estados Unidos.
Luiz, que havia se candidatado a vereador em 2020 pela cidade de Rio do Sul, em Santa Catarina, foi filiado ao Partido Liberal (PL), atualmente associado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A postagem de Luiz continha ataques a instituições democráticas e fazia referência a ideologias extremistas, com teor semelhante ao movimento QAnon. A análise de suas publicações indica uma postura alinhada com discursos de incitação contra autoridades públicas e contra o sistema político vigente.
O incidente gerou especulações sobre as motivações por trás da explosão, especialmente devido ao conteúdo das mensagens divulgadas. Algumas declarações em sua postagem foram vistas como tentativas de minimização do evento, com comparações irrelevantes e termos agressivos. A investigação segue em andamento, buscando compreender melhor as circunstâncias do ocorrido e os possíveis vínculos com outros eventos de natureza semelhante no país.