O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens no Brasil e deve afetar cerca de 71.730 pessoas anualmente entre 2024 e 2025, de acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Apesar dos esforços de conscientização, como a campanha Novembro Azul, muitos mitos ainda cercam a doença. Um dos principais equívocos é que o câncer de próstata afeta apenas homens mais velhos. Embora o risco aumente com a idade, ele pode ocorrer em homens mais jovens também, especialmente em caso de histórico familiar. Outro mito é que a ausência de sintomas significa ausência de câncer, o que não é verdade, pois a doença pode ser assintomática nas fases iniciais.
A detecção precoce é crucial, e a realização de exames regulares é fundamental para aumentar as chances de cura. O exame de PSA (Antígeno Prostático Específico), embora útil, não é suficiente para um diagnóstico definitivo, sendo necessário combiná-lo com o exame de toque retal. A falta de atividade física e hábitos alimentares inadequados são fatores de risco conhecidos, enquanto a vida sexual ativa, por outro lado, não está relacionada ao desenvolvimento do câncer de próstata, ao contrário do que algumas crenças populares sugerem. Além disso, homens negros possuem maior risco de desenvolver a doença, o que torna a triagem precoce ainda mais importante para essa população.
Embora o câncer de próstata tenha cura quando diagnosticado precocemente, a falta de conhecimento sobre o tema pode levar muitos homens a evitar os exames preventivos. Medidas como uma alimentação balanceada, prática de atividades físicas e a realização de check-ups regulares são formas de reduzir o risco ou facilitar a detecção precoce da doença. Além disso, mulheres trans e pessoas não binárias que ainda possuem a glândula prostática devem também realizar o rastreamento, pois o risco de câncer de próstata permanece, mesmo com o uso de hormônios femininos.