As autoridades canadenses estão em alerta diante de um possível fluxo migratório vindo dos Estados Unidos com a iminente posse de Donald Trump. Durante seu primeiro mandato, políticas de “tolerância zero” resultaram na separação de milhares de crianças de suas famílias, gerando um movimento de fuga em direção ao Canadá. A Real Polícia Montada do Canadá (RCMP) e o governo canadense reforçaram a vigilância na fronteira e intensificaram a comunicação com os EUA para gerenciar possíveis aumentos na imigração irregular.
O governo canadense está adotando precauções adicionais, incluindo o envio de mais agentes à fronteira e a instalação de câmeras e drones ao longo dos 8.891 quilômetros que separam os países. Chrystia Freeland, vice-primeira-ministra, afirmou que o Canadá possui um plano para lidar com as possíveis tensões migratórias, sem, contudo, divulgar detalhes. Ao mesmo tempo, há uma crescente preocupação sobre a capacidade do país em absorver novos imigrantes, especialmente na província de Quebec, que enfrenta limitações para acomodar um grande número de pessoas.
O aumento das buscas sobre imigração para o Canadá nos Estados Unidos após a eleição de Trump sinaliza um interesse crescente em se mudar para o país. No entanto, as recentes mudanças nos acordos migratórios entre Canadá e EUA tornam o processo de solicitação de asilo mais complexo, com tempo de espera de até 44 meses para refugiados. As autoridades alertam que tentativas de atravessar a fronteira ilegalmente representam riscos sérios, especialmente no inverno, onde condições adversas já causaram amputações e mortes em anos anteriores.