Uma nova campanha da Feninfra busca conscientizar a população e autoridades sobre os impactos negativos do uso desordenado dos postes de energia elétrica, como roubo de cabos, pirataria, poluição visual, e riscos à segurança. A entidade destaca a necessidade urgente de regulamentação por parte da Aneel para resolver essas questões e proteger tanto trabalhadores quanto consumidores. O governo já iniciou esforços, como o programa lançado em setembro de 2023 para organizar o emaranhado de fios, mas há uma demanda crescente por medidas mais efetivas.
Atualmente, a exploração descontrolada dos postes gera complicações significativas para as empresas de serviços, dificultando operações devido à sobrecarga de cabos e instalações precárias. Além disso, a campanha defende a criação de uma entidade independente responsável pela fiscalização e boa gestão das estruturas, o que poderia melhorar a qualidade dos serviços de telecomunicações e energia, além de reduzir os impactos urbanos e aumentar a segurança. Segundo a Feninfra, a presença de empresas não regulamentadas agrava o cenário, exigindo mais controle e ações concretas.
Desde 2018, o tema está em debate, e embora a Anatel tenha aprovado uma norma incluindo a criação de uma entidade reguladora, a decisão final da Aneel ainda não foi tomada. Em 2020, a Anatel estimou que 10 milhões de postes estavam em situação crítica e precisavam de ação prioritária, com a previsão de que seriam necessários oito anos para regularizar toda a infraestrutura nacional. A campanha reforça que a colaboração entre Anatel, Aneel e as distribuidoras de energia é essencial para avançar na regulamentação e garantir maior segurança e qualidade nos serviços.