A terceira fase da campanha de vacinação contra a poliomielite em Gaza terá início neste sábado (2), após atrasos causados por bombardeios e deslocamento da população. A vacinação foi inicialmente lançada em 1º de setembro, após a confirmação de um caso de paralisia em um bebê, o primeiro em 25 anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o UNICEF alertam que a área de cobertura da campanha foi reduzida, agora restringindo-se à Cidade de Gaza.
O objetivo desta fase é vacinar aproximadamente 119 mil crianças menores de 10 anos com a nova vacina contra a pólio tipo 2 (nOPV2). No entanto, a meta pode não ser alcançada devido às restrições de acesso, e a Cogat, agência de assuntos civis palestinos do Exército israelense, está coordenando a campanha para assegurar que as crianças possam acessar os centros de vacinação de forma segura. Após a conclusão da campanha de três dias, será realizada uma avaliação para decidir se o cronograma será estendido.
A situação em Gaza é marcada por uma crise humanitária severa, com escassez de alimentos e medicamentos. A ONU e outras organizações têm alertado sobre as consequências devastadoras do conflito, que já resultou em milhares de mortes e um alto número de deslocados. Enquanto isso, protestos em Israel exigem uma resolução para o conflito e a liberação de reféns, aumentando a pressão sobre as autoridades locais para que busquem soluções duradouras.