A campanha para a reeleição presidencial nos Estados Unidos enfrenta o desafio de converter o engajamento nas redes sociais em votos, especialmente entre o eleitorado jovem. A campanha de Joe Biden inicialmente buscou uma abordagem mais tradicional, mas encontrou dificuldades em gerar entusiasmo, enquanto a vice-presidente Kamala Harris atraiu a atenção com uma estratégia focada em memes e conteúdo digital. O uso de influenciadores digitais, como a cantora Charli XCX, contribuiu significativamente para aumentar a visibilidade de Harris nas plataformas sociais, refletindo uma adaptação das campanhas políticas às novas dinâmicas de comunicação.
O sucesso de Kamala Harris nas redes sociais foi impulsionado por uma série de postagens que a conectaram com a geração Z, um grupo que representa 41 milhões de eleitores em potencial nos Estados Unidos. Pesquisas indicam que uma porcentagem significativa dessa faixa etária respondeu positivamente aos memes relacionados à candidata, contrastando com o engajamento mais limitado em relação ao seu oponente. Além disso, a campanha democrata investiu pesadamente em anúncios digitais, enquanto a abordagem da campanha de Donald Trump foi mais contida e focada em uma única plataforma social.
Com a evolução das estratégias eleitorais, a campanha de Harris se destaca por ter integrado influenciadores em sua abordagem, oferecendo oportunidades para que criadores de conteúdo gerassem material autêntico e relevante. Essa tática inovadora foi considerada tão eficaz que o marketing da campanha estimou que a exposição gerada valeria cerca de US$ 800 milhões em publicidade digital. Assim, as campanhas eleitorais estão cada vez mais adaptando suas táticas para alcançar e mobilizar o eleitorado jovem, utilizando as tecnologias emergentes para maximizar seu impacto nas urnas.