Em 2022, o Brasil registrou o maior aumento nos investimentos em educação pública dos últimos dez anos, com uma destinação de R$ 490 bilhões, o que representa um crescimento de 23% em relação a 2021. Esse aumento é impulsionado principalmente pelo Novo Fundeb, que garante mais recursos para a educação básica, e pelo crescimento na arrecadação de impostos. Desde 2013, os gastos com educação haviam mostrado variações pequenas, com aumentos de até 2% por ano. No entanto, o valor destinado à educação tem aumentado de forma significativa nos últimos dois anos.
O investimento em educação básica, que engloba a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, representou 73,8% do total dos gastos em 2022, cerca de R$ 361 bilhões. Apesar do crescimento nos gastos totais, os investimentos em educação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceram estáveis até 2018, caindo em 2019, mas se recuperando em 2022, representando 4,9% do PIB. Embora o país tenha avançado no financiamento educacional, ainda existe um grande desafio: o Brasil investe significativamente menos por aluno em comparação com países mais ricos.
De acordo com o relatório, o gasto médio por aluno na educação básica no Brasil era de R$ 12,5 mil em 2023, um aumento em relação aos R$ 8,3 mil de 2013. Embora o país tenha avançado em termos de gasto por estudante, o valor ainda é inferior à média de países da OCDE, que investem cerca de US$ 10,9 mil por aluno por ano. Para especialistas, o desafio agora é melhorar a gestão dos recursos, garantindo que os investimentos resultem em mais acesso e melhor qualidade educacional para os estudantes.