O Brasil ocupa uma posição de destaque no G20, figurando entre os países com maior proporção de áreas protegidas, tanto terrestres quanto marinhas. De acordo com um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 30,6% de seu território terrestre sob proteção, o que o coloca em segundo lugar no ranking global, atrás apenas da Alemanha. No território marinho, o país protege 26,7% de suas águas, superando todos os países da América que fazem parte do G20. Essas áreas de conservação são fundamentais para a biodiversidade, a produção pesqueira e a regulação climática, destacando a importância das iniciativas brasileiras, como a criação de unidades de conservação marinhas em 2018.
No entanto, apesar dos avanços na proteção de ecossistemas, o Brasil enfrenta desafios significativos, principalmente em relação à perda de cobertura florestal. O estudo aponta que o país foi um dos que mais perderam áreas verdes nas últimas duas décadas, com uma média de redução de 0,6% ao ano entre 2000 e 2015, embora o ritmo tenha diminuído para 0,29% ao ano no período de 2015 a 2020. Isso coloca o Brasil em uma posição delicada, especialmente considerando o impacto das taxas de desmatamento nas mudanças climáticas e na biodiversidade.
O estudo do IBGE também destaca que, embora o Brasil tenha avançado em várias áreas de proteção ambiental, como a criação de novas unidades de conservação marinhas, o país ainda enfrenta desafios em relação à proporção de áreas protegidas quando comparadas aos Sítios Importantes para a Biodiversidade (KBAs). Nesse ranking, o Brasil ocupa a sétima posição, com 45,7% de seus KBAs protegidos. O estudo sublinha a importância de continuar os esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), principalmente os relacionados à proteção dos ecossistemas e à luta contra as mudanças climáticas.