O Brasil está entre os cinco países do G20 com as maiores proporções de áreas protegidas em seus territórios, tanto terrestres quanto marinhos, de acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O país ocupa a segunda posição no G20 em termos de área terrestre protegida, com 30,6% de seu território coberto por unidades de conservação. No âmbito marinho, o Brasil também se destaca, com 26,7% de seu território marinho protegido, ficando atrás apenas de países como França e Reino Unido. Esse resultado reflete o compromisso do país com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, especialmente nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados à conservação da água, dos mares e dos ecossistemas terrestres.
No entanto, o Brasil enfrenta desafios no que diz respeito à preservação de suas florestas. O estudo aponta que, apesar das iniciativas de proteção, o país tem sido um dos que mais perdeu cobertura florestal nas últimas duas décadas. Entre 2000 e 2015, o Brasil perdeu, em média, 0,6% de suas florestas por ano, uma taxa que diminuiu para 0,29% entre 2015 e 2020. A desaceleração na perda florestal é vista como positiva, mas o país ainda está entre os maiores perdedores de cobertura verde do G20, com os maiores incrementos ocorrendo na China e na Itália.
Em relação à proteção de Sítios Importantes para a Biodiversidade (KBAs), o Brasil ocupa a sétima posição no ranking do G20, com 45,7% de sua área protegida nesses locais. Embora ainda esteja atrás de países como o Reino Unido, França e Alemanha, o Brasil apresenta um desempenho significativo em comparação com outras nações de importância global para a biodiversidade. O estudo também destaca a criação de áreas de proteção marinha, como as do Arquipélago de Trindade e Martim Vaz, que ajudaram a melhorar a posição do Brasil na proteção de seus ecossistemas marinhos. Esses avanços são parte do compromisso do Brasil com a conservação e gestão ambiental no contexto do G20, a maior reunião das maiores economias do mundo.