O governo brasileiro, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, quebrou o silêncio e reagiu às ofensas proferidas por autoridades venezuelanas, refletindo uma deterioração nas relações entre Brasil e Venezuela. Em uma nota oficial, o Itamaraty expressou surpresa com o tom agressivo adotado por Nicolás Maduro e seus aliados, destacando que o Brasil sempre se pautou pelo respeito ao povo venezuelano e aos canais diplomáticos. As provocações incluíram uma montagem nas redes sociais que insinuava ameaças ao presidente brasileiro.
As relações entre os dois países se complicaram após tentativas iniciais de reabilitar o regime venezuelano e mediar um acordo entre governo e oposição, o que culminou na assinatura do Acordo de Barbados em outubro de 2023. Contudo, a desconfiança em relação à credibilidade do processo eleitoral na Venezuela cresceu, especialmente após a inabilitação de líderes da oposição e a constatação de fraudes nas eleições presidenciais. Apesar das evidências, o governo brasileiro manteve uma postura cautelosa em suas críticas a Maduro.
Com a escalada autoritária do chavismo e a recusa em garantir eleições transparentes, o distanciamento entre Brasil e Venezuela se aprofundou. Lula passou a criticar as ações de Maduro, embora sem rotulá-lo diretamente como ditador. As autoridades venezuelanas, por sua vez, reagiram acusando o Brasil de agressão e sugerindo conluio com forças externas, intensificando a tensão entre os dois países.