O Brasil vive um momento positivo no mercado de trabalho, com a criação de quase 2 milhões de vagas com carteira assinada entre janeiro e setembro de 2024, conforme dados do Ministério do Trabalho. Esse crescimento na formalização das relações de trabalho é um dos fatores que contribui para a redução do desemprego no país. As áreas que mais se destacaram nas contratações foram o transporte rodoviário de cargas, serviços de apoio administrativo e a construção civil. São Paulo lidera as contratações, mas o aumento de empregos formais é visível em todas as regiões.
Entretanto, a competitividade no setor de construção civil está intensa, e as empresas enfrentam dificuldades para atrair profissionais qualificados dispostos a realizar trabalhos físicos. Diretores de recursos humanos relatam um cenário de constante busca por mão de obra, com as empresas precisando se destacar para captar talentos. Mesmo com a formalização, muitos trabalhadores enfrentam desafios financeiros, recebendo salários baixos que dificultam a sobrevivência, o que evidencia a necessidade de investimento em qualificação profissional.
Por outro lado, o aumento do emprego formal oferece maior estabilidade e benefícios em comparação ao trabalho informal. Economistas ressaltam que, embora o número de vagas esteja crescendo, o desenvolvimento da renda dos trabalhadores depende da capacitação e do aprimoramento das habilidades. Assim, para garantir uma melhoria significativa nas condições de vida, é crucial que haja um foco na qualificação da força de trabalho no país.