Em 2022, o Brasil alcançou o maior aumento nos investimentos em educação pública dos últimos dez anos, com um aporte de R$ 490 bilhões, um crescimento de 23% em relação ao ano anterior. Esse aumento é impulsionado principalmente pelo Novo Fundeb, que prevê uma ampliação gradual da participação da União no financiamento da educação básica, e pela maior arrecadação de impostos. Com isso, as despesas com educação representaram 4,9% do PIB em 2022, mantendo-se estáveis desde 2019.
O gasto com a educação básica, que inclui educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, foi de R$ 361 bilhões em 2022, correspondendo a 73,8% do total investido. Apesar do aumento significativo, o Brasil ainda gasta menos por aluno em comparação com países mais desenvolvidos. O investimento médio por aluno no Brasil é de cerca de R$ 12,5 mil por ano, uma elevação em relação a 2013, mas ainda abaixo da média de países da OCDE, que investem cerca de US$ 10,9 mil por estudante.
Embora o aumento dos recursos seja considerado uma notícia positiva, especialistas apontam que o país enfrenta desafios relacionados à gestão eficiente desses recursos. A aplicação mais eficaz do financiamento na educação continua sendo um ponto crítico, com o objetivo de melhorar o acesso e a qualidade do ensino, o que poderia acelerar os resultados educacionais no Brasil. O Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024, publicado recentemente, analisa esses avanços e ainda aponta espaço para melhorias na gestão dos recursos.