Em 2024, o Brasil registrou 1.578 casos confirmados de mpox, com 60 casos prováveis e 434 suspeitos. A doença tem afetado principalmente pessoas de 30 a 39 anos, que representam o maior número de infecções, seguidas pelos grupos de 18 a 29 anos e 40 a 49 anos. A maioria dos casos ocorre em homens, com 70% relatando ter relações sexuais com homens. Além disso, o Brasil também monitora a distribuição racial da doença, com 46% dos casos concentrados em pessoas brancas e 29% em pardos. As regiões mais afetadas são o Sudeste e o Norte, com São Paulo e Rio de Janeiro liderando os estados com maior número de infecções.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma reunião de emergência para reavaliar a situação global da mpox após a declaração de emergência internacional em agosto de 2022. Até setembro de 2024, o mundo contabilizou 109.699 casos confirmados e 236 mortes. A maior parte das infecções ocorreu no continente africano, com destaque para a República Democrática do Congo. No entanto, também houve casos importados em outros continentes, incluindo o Reino Unido, onde pela primeira vez foi registrada transmissão local da nova variante 1b da doença.
No Brasil, a situação de mpox reflete uma tendência observada globalmente, com aumento do número de infecções e uma crescente preocupação com novas variantes da doença. A OMS monitorará o desenvolvimento da pandemia e avaliará se é necessário atualizar as medidas de saúde pública em resposta à disseminação da variante 1b, que foi detectada recentemente em novos países, como Zâmbia e Zimbábue. O impacto de novas cepas fora da África gera novos desafios para o controle da doença.