O governo brasileiro reiterou seu apoio ao princípio de “Uma Só China” em declaração conjunta durante a visita de Estado do presidente chinês Xi Jinping a Brasília. No documento, o Brasil reafirma que Taiwan é parte inseparável do território chinês e expressa apoio aos esforços de Pequim para uma reunificação nacional pacífica. Essa postura marca uma mudança em relação a declarações anteriores, quando o Brasil se limitava a apoiar relações pacíficas entre Pequim e Taipei, sem mencionar apoio à reunificação.
A manifestação gerou reação da representação de Taiwan no Brasil, que contestou a narrativa histórica e jurídica do princípio de “Uma Só China”. O embaixador de Taiwan no Brasil enfatizou que a ilha possui governo próprio, atributos de soberania e que sua existência não pode ser negada por questões políticas. Taiwan destacou seu compromisso com a paz no Estreito de Taiwan, mas rejeita interpretações que coloquem em dúvida sua autonomia.
A questão reflete uma tensão global envolvendo a China e Taiwan, com implicações estratégicas para o equilíbrio de poder na região. Taiwan, maior produtora mundial de semicondutores, conta com apoio dos Estados Unidos e outras nações ocidentais para resistir à pressão diplomática e militar de Pequim. Enquanto a China reforça manobras militares e busca apoio internacional para sua posição, Taiwan se prepara para responder a eventuais ameaças à sua segurança e independência de fato.