A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou que a queda nas taxas de desmatamento nos biomas Amazônia e Cerrado representa um avanço significativo para o Brasil na luta contra as mudanças climáticas. Dados divulgados pelo Inpe mostram que a taxa anual de desmatamento na Amazônia caiu 30,6% em 2024, totalizando 6,2 mil km², o menor índice em nove anos. No Cerrado, o desmatamento também diminuiu 25,7%, sendo esta a primeira queda em cinco anos, embora a área desmatada ainda seja considerável, com 8 mil km² de vegetação nativa perdida entre agosto de 2023 e julho de 2024.
Os dados do sistema de monitoramento Prodes, do Inpe, que avalia o desmatamento entre períodos de seca, indicam uma redução do desmatamento em quatro estados da Amazônia Legal: Mato Grosso, Amazonas, Pará e Rondônia. No entanto, Roraima apresentou um aumento de 53,5% devido a queimadas repetitivas que impedem a regeneração da floresta. Esses números funcionam como indicadores para a criação de novas políticas e para a avaliação das ações já implementadas pelo governo.
Marina Silva destacou que o esforço para combater o desmatamento vai além de uma política governamental, representando um compromisso nacional e de Estado com impactos globais, diante de uma realidade climática cada vez mais preocupante. A redução do desmatamento é vista como uma contribuição do Brasil no enfrentamento da crise climática, que já afeta diversas regiões do mundo com fenômenos extremos, como ondas de calor e geadas.