O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciará uma nova meta para a redução das emissões de gases de efeito estufa até 2035. A meta revisada passa de 59% para 67%, refletindo um compromisso mais ambicioso em relação à redução de emissões até o ano de 2035. Essa meta será formalizada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que ocorrerá em Baku, no Azerbaijão. A revisão da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) está alinhada ao Acordo de Paris e visa alcançar a neutralidade climática até 2050.
A NDC é uma atualização da meta climática do Brasil, que foi inicialmente estabelecida em 2020. A primeira versão tinha como objetivo reduzir 37% das emissões de gases de efeito estufa até 2025 e 43% até 2030, com base nos níveis de 2005. A nova meta traz um aumento na ambição, refletindo o compromisso do Brasil em acelerar os esforços contra a mudança climática. A revisão está em consonância com a meta global de limitar o aquecimento do planeta a 1,5 graus Celsius, conforme estipulado pelo Acordo de Paris.
A implementação das metas será sustentada por uma série de iniciativas e instrumentos econômicos, como o Fundo Clima, Títulos Soberanos Sustentáveis e o Plano Clima. Além disso, o Brasil também busca combater o desmatamento e adotar ações tanto de mitigação quanto de adaptação aos impactos da mudança climática, com um plano detalhado que inclui sete eixos voltados para a redução das emissões e 16 para adaptação. Diversos programas e planos já em andamento, como o Plano ABC+ e o Plano de Transição Energética, têm como objetivo viabilizar essa transformação em direção a um desenvolvimento mais sustentável e resiliente.
