A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) oficializaram a certificação do Brasil como país livre da transmissão da filariose linfática, conhecida como elefantíase. Em cerimônia realizada nesta segunda-feira (11), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, recebeu o documento que confirma o cumprimento dos critérios para eliminação da doença no território nacional, após décadas de esforços para controle e prevenção. A elefantíase, causada pelo parasita Wuchereria Bancrofti e transmitida por mosquitos infectados, teve seu último caso registrado em 2017, na região de Recife (PE).
Desde 1997, o Brasil implementou uma série de políticas de saúde pública com foco no combate à elefantíase, como o controle dos mosquitos transmissores e a distribuição em massa de medicamentos antiparasitários nas áreas mais afetadas. Através do Sistema Único de Saúde (SUS), o país alcançou a interrupção da transmissão da doença, que causa edemas severos e limitações motoras nos pacientes. Em 2023, o governo brasileiro submeteu um histórico de ações e dados para avaliação da OMS/Opas, que, após análise, concedeu a certificação ao Brasil como o 20º país a eliminar a elefantíase como problema de saúde pública.
A certificação da eliminação da elefantíase faz parte das metas do programa Brasil Saudável, lançado pelo governo para enfrentar enfermidades que afetam populações vulneráveis. Embora o Brasil tenha conquistado o título, o Ministério da Saúde reforça que manterá uma vigilância contínua para prevenir o retorno da doença, com acompanhamento das áreas e dos casos remanescentes.