A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) entregaram ao Brasil o certificado de eliminação da filariose linfática, conhecida como elefantíase, após quase três décadas de esforços para erradicar a transmissão da doença no país. O último caso registrado ocorreu em 2017, e o reconhecimento oficial foi entregue à ministra da Saúde, Nísia Trindade, marcando o Brasil como o 20º país a alcançar esse feito. A cerimônia contou com a formalização da certificação, que também foi apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva anteriormente.
A doença, causada pelo verme nematoide Wuchereria Bancrofti, é transmitida pela picada de mosquitos infectados, como pernilongos e muriçocas, e provoca edemas graves que podem incapacitar os pacientes. Desde 1997, o Brasil implementou políticas públicas de combate à doença, incluindo controle de mosquitos, distribuição de medicamentos antiparasitários e vigilância sanitária em áreas de risco. Em 2023, o Ministério da Saúde formalizou o pedido de certificação junto à OMS e à Opas, demonstrando um histórico de sucesso no combate à elefantíase e cumprindo todos os critérios internacionais para a eliminação da doença como problema de saúde pública.
A eliminação da elefantíase integra as metas do programa Brasil Saudável, do governo atual, que busca erradicar ou reduzir enfermidades que afetam populações vulneráveis. A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, destacou que, embora o título seja motivo de comemoração, o Brasil continuará monitorando possíveis casos e mantendo políticas de vigilância, para evitar o retorno da doença no território nacional.