O governo brasileiro, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou seu compromisso com o princípio de Uma Só China ao apoiar os esforços de reunificação pacífica entre a China e Taiwan. Esse posicionamento foi formalizado em um comunicado emitido durante a visita oficial do presidente chinês, Xi Jinping, a Brasília. A declaração causou desconforto na representação de Taiwan no Brasil, com o embaixador Benito Liao argumentando que a afirmação de que Taiwan faz parte da China não reflete a realidade histórica e jurídica da ilha.
Desde 1974, o Brasil adota o princípio de Uma Só China, reconhecendo Taiwan como parte do território chinês, em linha com a exigência de Pequim. Contudo, a nova declaração marca uma mudança em relação à visita de Lula à China em abril de 2023, quando o governo brasileiro limitou-se a apoiar relações pacíficas entre as duas partes. Taiwan, que opera sob um sistema democrático e possui governo próprio, busca maior flexibilidade diplomática, destacando suas características de um país soberano.
O apoio do Brasil à política chinesa ocorre em um contexto de intensificação das tensões na região. A China vem ampliando suas manobras militares próximas a Taiwan, ao mesmo tempo em que busca reduzir o número de países que mantêm laços diplomáticos com a ilha. Em contrapartida, Taiwan conta com o apoio de nações ocidentais, como os Estados Unidos, que se comprometem a defender a ilha em caso de uma invasão, ressaltando a complexidade geopolítica do tema.