O governo federal do Brasil apresentou, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, uma proposta inédita de adoção de um 18º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), dedicado à igualdade étnico-racial, no contexto da Agenda 2030 da ONU. Este novo objetivo busca enfrentar o racismo estrutural, reconhecido como um dos principais entraves ao desenvolvimento global, promovendo a inclusão e a justiça social para todas as raças e etnias. A ação foi anunciada durante o G20 Social e contou com a presença de representantes da ONU, membros do governo e da sociedade civil organizada.
Durante o evento, autoridades destacaram a relevância do novo ODS como ferramenta para promover mudanças estruturais nas políticas públicas e no combate às desigualdades. A ministra da Igualdade Racial ressaltou a necessidade de combater o racismo, a intolerância religiosa e todas as formas de violência que afetam comunidades negras e indígenas, enquanto a ministra dos Povos Indígenas reforçou que apenas debates e leis não bastam, sendo necessária a implementação de ações concretas. Representantes de diferentes áreas do governo também enfatizaram a importância do ODS 18 na ampliação de direitos e espaços democráticos para as populações historicamente marginalizadas.
A iniciativa foi elogiada internacionalmente, com destaque para a assessora especial da Presidência da República da África do Sul, que considerou o ODS 18 um marco para enfrentar desigualdades globais. A proposta brasileira, além de reafirmar o compromisso com o multilateralismo e a democracia, busca inspirar outras nações a reconhecer e enfrentar o racismo como um problema estrutural global. O evento reforçou a urgência de ações colaborativas e integradas para construir sociedades mais inclusivas e igualitárias.