O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, destacou a importância da participação da sociedade civil na Cúpula do G20, a ser realizada em novembro no Rio de Janeiro. Entre as novidades da presidência brasileira do grupo, está a criação do G20 Social, uma “terceira trilha” que visa ouvir as demandas da população em temas globais, como justiça social e tributária. Uma das propostas principais é a tributação dos super-ricos, sugerindo um imposto global de 2% que impactaria cerca de três mil pessoas no mundo, cuja arrecadação seria direcionada ao combate à fome, pobreza e mudanças climáticas.
Durante o evento, a sociedade civil terá oportunidade de se manifestar em mais de 200 atividades autogestionadas, trazendo debates sobre combate à desigualdade, desenvolvimento sustentável e reforma da governança global. A programação incluirá representantes governamentais e de movimentos sociais, e terá também um espaço para exposições culturais e serviços. A cúpula do G20 Social, que antecede a reunião principal dos líderes das maiores economias do mundo, foi estruturada com o intuito de ampliar o diálogo entre governo e população, fortalecendo a pluralidade nas decisões globais.
Ao final do evento, será entregue ao presidente Lula um documento síntese que reunirá as propostas e reivindicações discutidas. Esse relatório será compartilhado com os líderes do G20, expressando as aspirações populares em questões sociais e ambientais. Macêdo enfatizou que o G20 Social deverá se tornar uma parte permanente do grupo, com continuidade já prevista para a próxima cúpula na África do Sul em 2025.