Uma possível guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, caso Donald Trump imponha tarifas adicionais às importações chinesas, pode beneficiar o agronegócio brasileiro. Analistas acreditam que produtos essenciais como café e carne bovina devem escapar de novas tarifas dos EUA, uma vez que aumentar impostos sobre esses itens afetaria a economia americana, gerando impacto direto nos preços e no emprego. Dessa forma, o Brasil mantém sua posição de maior fornecedor de café para os americanos, sem expectativa de restrições tarifárias.
A imposição de tarifas de até 60% sobre produtos chineses, prometida por Trump, pode redirecionar a demanda chinesa para commodities brasileiras, especialmente soja e milho, itens críticos para a cadeia de produção de alimentos na China. Esse cenário já ocorreu no primeiro mandato de Trump, quando a China respondeu a tarifas americanas elevando a importação de soja do Brasil. O mesmo movimento poderia se repetir, impulsionando as exportações brasileiras e fortalecendo a posição do país no comércio global de grãos e carnes.
Além dos grãos, o setor de carnes brasileiro pode se beneficiar com um aumento nas vendas para a China, uma vez que a guerra comercial entre os dois gigantes econômicos deve afetar também o mercado de proteínas. O Brasil lidera as exportações de frango e carne bovina, enquanto os EUA competem diretamente no segmento de carne suína. Essa nova dinâmica econômica pode consolidar o Brasil como principal fornecedor de alimentos e produtos agrícolas para o mercado chinês, enquanto Trump direciona suas medidas protecionistas contra a China.