O Brasil está enfrentando uma grave crise de saúde pública devido ao surto de dengue, com 7.013 mortes confirmadas desde o início de 2024. O número de casos prováveis já ultrapassa os 6,5 milhões, refletindo a magnitude da situação. Os estados mais afetados são São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal e Goiás, que juntos representam 78% dos óbitos registrados. O Distrito Federal destaca-se com a maior taxa de incidência da doença, com quase 10 mil casos a cada 100 mil habitantes, evidenciando a urgência de medidas de controle na região.
A faixa etária mais atingida pela doença é de 20 a 29 anos, correspondendo a quase 20% dos casos. As mulheres também são mais afetadas, representando 55% das infecções. Este perfil etário e demográfico levanta preocupações sobre os impactos da doença na força de trabalho e na economia do país. Além disso, uma pesquisa revelou que 39% da população brasileira já contraiu dengue em algum momento de suas vidas, e 91% dos entrevistados consideram a doença grave.
Em resposta ao surto, diversas iniciativas estão sendo adotadas, como a autorização de novos medicamentos e vacinas contra a dengue, além de investigações sobre possíveis formas de transmissão, como transfusões de sangue. A situação exige uma mobilização contínua para o controle do mosquito transmissor e para a conscientização da população, a fim de reduzir o impacto da doença nos próximos meses.