O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping se reuniram em Brasília após a cúpula do G20, destacando a relevância das relações comerciais entre Brasil e China, que desde 2009 é o maior parceiro comercial brasileiro. Especialistas apontam, no entanto, que o Brasil deve evitar uma dependência excessiva da China, mesmo diante da retração comercial dos Estados Unidos e da abertura chinesa para parcerias estratégicas. A diversificação das relações com grandes potências continua sendo uma meta fundamental para o governo brasileiro, que mantém interesse em preservar o equilíbrio entre seus principais parceiros.
A China tem expandido sua influência na América Latina por meio de investimentos robustos em infraestrutura, como a inauguração de um porto no Peru, enquanto os Estados Unidos, tradicional parceiro da região, têm sido criticados por negligenciar a área. Analistas destacam que o Brasil deve buscar alternativas comerciais, incluindo acordos com a União Europeia, para evitar uma dependência excessiva da China, o que poderia impactar setores estratégicos, como o agronegócio, em caso de crises comerciais. O recente interesse da China em projetos brasileiros, como a utilização da base de Alcântara, reflete o aprofundamento da cooperação bilateral.
Por outro lado, o governo brasileiro enfrenta desafios diplomáticos com os EUA, especialmente diante de mudanças no cenário político norte-americano e a crescente concorrência entre empresas como SpaceX e SpaceSail no setor de telecomunicações e satélites. Apesar de tensões ocasionais, o Brasil segue apostando em uma postura de equilíbrio nas relações internacionais, priorizando parcerias que tragam benefícios econômicos e estratégicos de longo prazo.