Este ano, o Brasil alcançou o número de 672 mil pacientes em tratamento com cannabis medicinal, um aumento significativo de 56% em relação ao ano passado. O mercado de cannabis medicinal no país movimentou R$ 853 milhões em 2024, com a expectativa de que o faturamento chegue a R$ 1 bilhão até 2025. O segmento está em expansão, com produtos que atendem a diversas necessidades terapêuticas e alcançando cerca de 80% dos municípios brasileiros. A variedade de produtos disponíveis, como óleos, cápsulas e sprays, tem se tornado mais acessível, embora ainda haja desafios relacionados à legalização e à dependência de importação para muitos pacientes.
A regulamentação da cannabis tem avançado, e a liberação do cultivo da planta para fins medicinais pelo Supremo Tribunal Federal fortaleceu o mercado nacional. Além disso, a entrada de 413 empresas estrangeiras no Brasil ampliou a diversidade de produtos disponíveis. No entanto, ainda existe uma dependência significativa de importações, com 47% dos pacientes obtendo os medicamentos por meio de importação, e apenas 31% conseguem acessar esses produtos em farmácias nacionais. Associações desempenham um papel importante, especialmente para pacientes que não têm condições financeiras de arcar com os custos dos tratamentos.
No campo social, a cannabis medicinal tem ganhado maior aceitação, com muitos pacientes e até pessoas mais conservadoras reconhecendo sua eficácia. Associações como a TO Ananda, no Tocantins, têm sido fundamentais no apoio a pacientes e familiares, além de colaborar com instituições públicas como a Fiocruz. A expansão dessas iniciativas tem contribuído para desmistificar o uso da cannabis medicinal e oferecer mais opções para quem necessita de tratamentos alternativos, enquanto o mercado continua a crescer e se diversificar.