O Brasil tem uma grande oportunidade de se tornar um centro global de processamento de dados nos próximos anos, aproveitando sua matriz energética predominantemente renovável, que garante vantagens competitivas em relação a outros países. Com 85% de sua energia proveniente de fontes renováveis, o país atrai empresas que buscam locais sustentáveis para instalar data centers. A estimativa é que, até 2029, o Brasil aumente sua participação no mercado de processamento de dados na América Latina, chegando a 60,4%, com um lucro estimado em US$ 3,5 bilhões.
O conceito de “novo pré-sal”, proposto por especialistas do setor de tecnologia, sugere que os dados se tornem o novo recurso estratégico para o país, assim como o petróleo no passado. O governo e a iniciativa privada estão alinhados em ações para fortalecer a infraestrutura tecnológica, com o objetivo de reter e atrair investimentos, além de reduzir a dependência de processamento de dados externo. Com isso, espera-se não apenas economizar com a importação de tecnologia, mas também exportar serviços de dados, ampliando a relevância do Brasil no mercado global.
Dentro da estratégia do Plano Brasil Digital 2030+, também há uma preocupação com os impactos sociais e educacionais dessa transformação tecnológica. O plano prevê o uso dos recursos gerados pelo desenvolvimento de tecnologia para fomentar ações sociais e a capacitação de mão de obra, com foco na inclusão. Especialistas destacam a importância de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, tanto no setor público quanto no privado, para garantir o sucesso e a sustentabilidade dessa nova fase do mercado digital brasileiro.