Três civis foram mortos em um ataque aéreo israelense no sul do Líbano nesta quinta-feira, enquanto cinco membros das forças de paz da ONU (Unifil) ficaram feridos. O incidente ocorreu próximo aos templos históricos de Baalbek, um local de interesse arqueológico e cultural reconhecido pela Unesco. O exército libanês também relatou que três de seus soldados ficaram feridos no ataque. Os confrontos intensificados entre Israel e o grupo Hezbollah, apontado como pró-iraniano, têm escalado desde setembro, agravando a situação de segurança na região e aumentando o número de vítimas civis.
A escalada dos bombardeios de Israel contra áreas dominadas pelo Hezbollah tem gerado preocupações internacionais, levando legisladores libaneses a pedir proteção para o patrimônio histórico do país. Em carta à Unesco, mais de cem deputados libaneses solicitaram apoio para proteger locais históricos em cidades como Baalbek, Tiro e Sidon, diante do aumento dos ataques aéreos na região. Um edifício do período otomano do século XVIII foi destruído em um dos bombardeios, gerando receios sobre possíveis danos a outros locais de importância cultural e histórica.
O conflito atual é parte de uma crise militar mais ampla, iniciada após confrontos entre Israel e o Hezbollah em resposta à guerra entre Israel e o Hamas, ocorrida em Gaza em outubro de 2023. Desde então, mais de 2,6 mil pessoas, a maioria civis, perderam a vida no Líbano. A situação reflete uma crescente instabilidade na região, com ataques de Israel a locais estratégicos do Hezbollah no sul e no leste do Líbano, e ações do Hezbollah em resposta a esses avanços, aumentando as tensões e deslocando milhares de habitantes.