As bolsas europeias fecharam, em sua maioria, em queda nesta sexta-feira (15), refletindo um clima de aversão ao risco após o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que indicou que não há pressa em reduzir os juros nos Estados Unidos. Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,09%, enquanto o CAC 40 de Paris e o DAX de Frankfurt caíram 0,58%. No entanto, o DAX teve uma leve variação positiva no acumulado da semana. O cenário negativo nos mercados foi impulsionado pela queda acentuada das bolsas americanas, com investidores ainda cautelosos quanto à política monetária.
No Reino Unido, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2024, um número abaixo das expectativas do mercado. Já a produção industrial britânica registrou uma queda inesperada em setembro, o que contribuiu para o sentimento de fraqueza na economia. Na zona do euro, o economista Piero Cipollone, do Banco Central Europeu (BCE), previu uma recuperação gradual da economia, apesar das incertezas persistentes. A revisão das previsões econômicas pela União Europeia também refletiu esse tom cauteloso.
Entre os destaques corporativos, as ações da Bavarian Nordic caíram drasticamente 17,4% após resultados abaixo do esperado. Ações de empresas do setor de saúde, como Sanofi e GSK, também recuaram, influenciadas pela nomeação de Robert F. Kennedy Jr. como possível secretário de Saúde nos EUA, uma figura conhecida por seu ceticismo em relação às vacinas. Em contraste, a Bolsa de Lisboa registrou ganhos, impulsionada pelo setor de energia, com destaque para as ações da EDP Renováveis e Galp Energia. Na semana, o PSI 20 avançou 0,63%, enquanto o Ibex 35, de Madri, também teve uma leve alta.