O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou um marco expressivo ao aprovar, até outubro deste ano, um montante equivalente a duas vezes e meia o total de aprovações realizadas pelo programa Fundo Clima entre 2013 e 2023. Em 2024, o valor aprovado já chega a R$ 7,3 bilhões, representando cerca de 70% do total previsto para o programa (R$ 10,4 bilhões). Além disso, o BNDES ainda possui R$ 2,7 bilhões em operações pendentes para o Fundo neste ano, com uma demanda projetada de R$ 11,5 bilhões para o orçamento de 2025, segundo o banco.
Gerido pelo BNDES e vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Fundo Clima é um dos principais instrumentos da política climática do governo federal, priorizando a sustentabilidade e a mitigação de impactos climáticos. O programa aprovou recursos para projetos de energia eólica, solar e biogás, além de mobilidade urbana e eletrificação de frotas de ônibus, gerando mais de 15 mil empregos verdes. Este aumento nas aprovações também reflete o objetivo do Brasil em se consolidar como líder no mercado de descarbonização e combustíveis sustentáveis, ampliando o investimento em regiões como Norte e Nordeste, onde houve um crescimento expressivo de recursos aprovados.
As iniciativas financiadas pelo Fundo Clima de abril a outubro deste ano resultaram na redução de 3,3 milhões de toneladas de CO2-equivalente, um impacto 16 vezes superior ao de todas as emissões evitadas pelo programa em 2023. Esse resultado equivale a 63% das emissões de voos domésticos e 79% das emissões de motocicletas no Brasil, o que reforça o papel estratégico do Fundo no compromisso do país com a transição energética e o desenvolvimento urbano sustentável.