O preço do Bitcoin alcançou um novo recorde histórico na quarta-feira (20), aproximando-se da marca simbólica de US$ 100 mil. A criptomoeda, que já acumula uma valorização de 35% desde a eleição de Donald Trump, vem se beneficiando de uma série de fatores, incluindo nomeações políticas para o gabinete do futuro presidente dos Estados Unidos e um aumento nas negociações do mercado de opções de fundos negociados em bolsa (ETFs) do Bitcoin. O movimento também reflete uma mudança importante na aceitação do Bitcoin no cenário econômico global, com um maior envolvimento de grandes empresas e investidores institucionais.
Além do impacto político, o mercado tem observado um crescimento no volume de transações, especialmente após o lançamento das opções do iShares Bitcoin Trust, o maior ETF de Bitcoin. Em um único dia, foram negociados mais de 350.000 contratos de opções, com a maior parte deles apostando na valorização do ativo. Esse aumento no volume de negociações de opções de compra sinaliza um otimismo crescente com o futuro do Bitcoin, mesmo diante da volatilidade que caracteriza o mercado de criptomoedas.
Empresas como a MicroStrategy também têm desempenhado um papel importante no impulso do preço do Bitcoin. A companhia anunciou uma nova emissão de dívida convertível de US$ 2,6 bilhões, que será utilizada para adquirir mais Bitcoins. Esse movimento reforça a tendência das tesourarias corporativas em buscar o ativo como uma reserva de valor, o que, por sua vez, contribui para a manutenção do preço elevado e a forte demanda no mercado. Contudo, o cenário ainda envolve incertezas, e analistas indicam que a volatilidade do mercado pode continuar nos próximos meses.