O Bitcoin (BTC) registrou sua maior sequência de perdas desde a eleição de Donald Trump, depois de uma tentativa fracassada de ultrapassar a marca histórica de US$ 100 mil. Nas últimas 24 horas, a criptomoeda caiu 5,6%, sendo negociada abaixo de US$ 93 mil, refletindo um esfriamento do entusiasmo especulativo que impulsionou os preços anteriormente. A dificuldade em superar essa barreira despertou um movimento de realização de lucros, e o mercado de criptomoedas, que havia crescido US$ 1 trilhão desde a vitória de Trump, também sinalizou desaceleração.
O impacto de eventos globais também contribuiu para essa retração, com uma onda de aversão ao risco no mercado financeiro devido a declarações de Trump sobre a imposição de novas tarifas comerciais a países como China, Canadá e México. O fortalecimento do dólar e o pessimismo nos mercados acionários se refletiram em um arrefecimento no apetite por ativos de risco, incluindo as criptomoedas. Mesmo assim, especialistas como Adrian Przelozny, CEO da exchange Independent Reserve, mantêm uma visão positiva para 2025, prevendo que o sentimento otimista ainda pode persistir a longo prazo.
Enquanto isso, o futuro das criptomoedas nos Estados Unidos permanece incerto, embora haja uma expectativa de que as promessas de Trump, como regulamentações mais favoráveis e a criação de uma reserva nacional de Bitcoin, possam fortalecer o mercado. Apesar das incertezas sobre a implementação dessas medidas, os investidores continuam acompanhando de perto os movimentos da SEC e os fluxos de capitais no setor, como evidenciado pela recente saída de US$ 438 milhões de fundos de ETFs de Bitcoin no dia 25 de outubro. Para analistas como Tony Sycamore, a correção observada no Bitcoin pode ser uma fase saudável de ajuste, sem sinais de uma reversão de tendência.