O preço do Bitcoin (BTC) experimentou uma forte oscilação nas últimas semanas, atingindo brevemente o patamar de US$ 100 mil antes de cair para cerca de US$ 90 mil, seguido de uma leve recuperação para US$ 95 mil. Esse comportamento reflete a alta volatilidade característica do mercado cripto, com dados mostrando que o grau de variação do BTC foi quase três vezes superior ao dos índices de volatilidade das ações tradicionais, como o CBOE Volatility Index. A recente queda no preço do Bitcoin é atribuída, em grande parte, à realização de lucros por investidores que haviam adquirido a criptomoeda em preços mais baixos, com algumas grandes liquidações ocorrendo nos últimos 30 dias.
Especialistas, como Mychel Mendes da Tokeniza, indicam que esse movimento de vendas é natural, principalmente entre investidores que compraram a criptomoeda entre 2021 e 2022, quando o preço estava em torno de US$ 20 mil a US$ 30 mil. Para esses investidores, os ganhos de 20% a 30% representam uma oportunidade de lucro. Outros analistas, como Fernando Pereira da corretora Bitget, veem esse recuo como um simples “pullback” temporário e acreditam que o preço do Bitcoin poderá retomar sua tendência de alta em breve, especialmente após a absorção da oferta no mercado.
Apesar da volatilidade, há um otimismo de longo prazo em relação ao preço do Bitcoin. Especialistas como Paula Reis apontam que a atual correção pode representar uma oportunidade para novos investidores, caso o preço caia para a faixa dos US$ 86 mil a US$ 91 mil. Além disso, algumas previsões, como a da corretora Bernstein, continuam apostando em uma valorização significativa da criptomoeda, com um preço projetado de até US$ 200 mil até 2025, impulsionado principalmente pelo otimismo gerado pela vitória política de Donald Trump e pela estabilidade recente do mercado. No entanto, é fundamental que os investidores considerem o alto risco associado às criptos e diversifiquem suas carteiras para mitigar possíveis perdas.