A revolução tecnológica das big techs, impulsionada pelo investimento em computação em nuvem, ganhou força a partir de 2016, quando empresas como Microsoft e Amazon começaram a reestruturar suas estratégias. Antes centradas em software e e-commerce, essas gigantes passaram a direcionar seus esforços para a nuvem, um setor com enorme potencial de crescimento. A mudança se consolidou entre 2016 e 2017, quando essas empresas começaram a investir pesadamente em infraestrutura e serviços de cloud computing, reduzindo sua vulnerabilidade às oscilações macroeconômicas.
O modelo de negócios das grandes empresas de tecnologia, especialmente o serviço de nuvem da Amazon, que fatura US$ 100 bilhões e cresce cerca de 20% ao ano, é considerado promissor. Esse mercado ainda representa apenas uma pequena parte do PIB global, o que indica um grande espaço para expansão. De acordo com Marcelo Ornelas, sócio-fundador da Kínitro Capital, a inteligência artificial (IA) deve acelerar ainda mais esse processo, de forma similar ao que ocorreu com a computação em nuvem no passado.
Ornelas também mencionou que sua gestora optou por investir em empresas de semicondutores como a TSMC, em vez de apostar diretamente em nomes como Nvidia, pois acredita que essas companhias têm uma relação estreita e complementar. Embora o investimento internacional seja feito de forma cautelosa, o gestor vê grandes oportunidades de crescimento no setor de nuvem e acredita que a IA terá um papel decisivo nesse desenvolvimento.