O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fará história ao se tornar o primeiro mandatário norte-americano em exercício a visitar a floresta amazônica, neste domingo (17). A visita ocorre em um momento crítico para as questões ambientais, com Biden reforçando a necessidade de ações urgentes contra o aquecimento global. Ele viajará de Lima, no Peru, para Manaus, no Brasil, onde se reunirá com líderes locais que atuam na preservação da Amazônia. Após a visita, o presidente seguirá para o Rio de Janeiro, onde participará da cúpula do G20, evento que discutirá temas como mudanças climáticas, pobreza, governança global e segurança alimentar.
A conservação da Amazônia é considerada essencial no combate às mudanças climáticas, devido ao seu papel vital na absorção de grandes quantidades de dióxido de carbono. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem reafirmado o compromisso de erradicar o desmatamento na região até 2030 e tem solicitado apoio financeiro dos países mais ricos para viabilizar essa meta. No ano passado, Biden havia anunciado um compromisso de US$ 500 milhões ao Fundo Amazônia, mas até julho os Estados Unidos haviam cumprido apenas uma parte desse valor.
A visita de Biden também ocorre em um contexto político de divergências sobre políticas ambientais. O ex-presidente Donald Trump, que volta a se candidatar à presidência, descreditou publicamente as mudanças climáticas e tem planos de reverter muitas das ações adotadas por Biden para combater o aquecimento global. Trump propôs, entre outras medidas, o aumento da produção de petróleo e gás natural e a flexibilização de regulamentações ambientais, em uma agenda que prioriza a expansão da indústria energética.