O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou ao Brasil neste domingo, 17, para uma visita histórica à região Amazônica, onde anunciou um novo compromisso de US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia. Este valor complementa uma promessa anterior de destinar US$ 500 milhões ao fundo durante seu mandato, embora a quantia total não tenha sido alcançada. Biden, que participa do G-20 no Rio de Janeiro, será o primeiro presidente norte-americano em exercício a visitar a Amazônia, uma região com grande importância ambiental. O Fundo Amazônia é o maior esforço internacional para a preservação da floresta, com apoio principalmente da Noruega, mas sua continuidade depende da aprovação do Congresso dos EUA, onde a maioria republicana pode dificultar a liberação dos recursos.
O presidente americano também anunciou outras iniciativas para fortalecer a preservação ambiental, incluindo a criação de uma coalizão financeira com o objetivo de mobilizar US$ 10 bilhões até 2030 para projetos de restauração de terras e bioeconomia. Além disso, um empréstimo de US$ 37,5 milhões será destinado ao projeto de plantio de árvores nativas em áreas de pastagem degradada no Brasil. A visita e os anúncios visam reforçar a imagem de Biden como líder na luta contra a crise climática, mas as perspectivas de avanços concretos podem ser limitadas, especialmente com a possível mudança política nos EUA após as próximas eleições.
Em meio a um cenário político instável e com o enfraquecimento de sua administração após perdas nas eleições, Biden busca fortalecer sua agenda ambiental e sua posição no combate às mudanças climáticas. A visita à Amazônia e os compromissos anunciados refletem sua tentativa de marcar um legado positivo na área, embora a transição de governo para Donald Trump, que já se posicionou contra o Acordo Climático de Paris, possa reverter algumas das políticas ambientais do atual governo.