O governo de Joe Biden considera que o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah pode ser um ponto de virada crucial, com potencial para alterar o curso dos conflitos no Oriente Médio. De acordo com um alto funcionário da Casa Branca, a decisão do Hezbollah de se distanciar do conflito em Gaza pode enfraquecer a pressão sobre Israel e mudar a dinâmica das negociações. A administração americana vê essa movimentação como uma mudança importante na percepção no terreno e acredita que isso poderá influenciar a postura de todos os envolvidos nas conversações de paz.
Além disso, o governo dos Estados Unidos também está focado em renovar seus esforços para alcançar um cessar-fogo em Gaza, onde a violência continua em níveis intensos. Biden destacou que, com o cessar-fogo no Líbano, seria possível criar condições para uma redução de tensões mais ampla na região, incluindo uma possível normalização das relações entre a Arábia Saudita e Israel, caso haja avanços em Gaza. Isso abriria novas possibilidades para a paz no Oriente Médio, um objetivo central para a administração americana.
Apesar das dificuldades, a Casa Branca vê uma janela de oportunidade, considerando a recente mudança no contexto regional. O governo dos EUA está otimista de que, com a redução das hostilidades no Líbano e um avanço no diálogo sobre Gaza, será possível pressionar outros grupos a seguir o exemplo do Hezbollah e contribuir para a construção de um cenário mais estável e pacífico para a região.