Em uma reunião bilateral realizada em Lima, Peru, à margem da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou preocupação com o apoio da China à Rússia na guerra da Ucrânia e com a crescente atividade militar chinesa em torno de Taiwan. Biden também abordou questões de comércio, mencionando práticas que considera injustas e alertando para os ataques cibernéticos que afetam infraestruturas críticas dos EUA. Durante o encontro, Biden condenou a expansão do conflito russo-ucraniano, destacando o envio de tropas norte-coreanas para a Rússia como um agravante da situação.
Por outro lado, o presidente chinês, Xi Jinping, criticou o protecionismo econômico e defendeu uma cooperação mais ampla entre as duas maiores economias do mundo. Em referência à agenda comercial de seu antecessor, Donald Trump, Xi alertou contra políticas que intensificam as tensões econômicas, enfatizando que o desacoplamento e a interrupção das cadeias de suprimentos não são soluções viáveis. Xi também destacou a importância de buscar uma cooperação mutuamente benéfica para o desenvolvimento comum, sugerindo que as rivalidades só prejudicam o progresso.
Além das tensões, ambos os líderes discutiram áreas de colaboração, como o combate ao narcotráfico e a regulamentação da inteligência artificial. Biden elogiou os esforços da China no controle de substâncias químicas usadas em drogas sintéticas, enquanto Xi ressaltou que a cooperação sólida é fundamental para relações produtivas. Apesar das diferenças em questões centrais, ambos concordaram que a gestão da competição estratégica será um dos maiores desafios geopolíticos nos próximos anos, com o futuro global dependendo da capacidade de manter as disputas dentro de limites pacíficos.