O governo ucraniano obteve autorização dos Estados Unidos para utilizar mísseis de longo alcance ATACMS em território russo, uma decisão que marca uma mudança significativa na postura de Washington em relação ao conflito. Até então, esses armamentos eram restritos à defesa dentro do território ucraniano, mas a escalada da guerra, que inclui o envio de tropas norte-coreanas para apoiar a Rússia, levou à liberação. A medida visa enfraquecer as forças russas, atacando suas instalações logísticas e militares mais distantes da fronteira ucraniana, dificultando o reabastecimento de tropas e armamentos.
A decisão de permitir o uso dos mísseis foi tomada após novos ataques russos contra infraestrutura energética da Ucrânia e no contexto de uma intensificação das ofensivas russas em várias frentes. Embora haja temores de uma escalada ainda maior do conflito, especialmente com as ameaças russas de represálias, o governo dos EUA priorizou a necessidade urgente de apoio à Ucrânia. A medida ocorre no momento em que a guerra atinge um novo patamar, com as forças russas avançando em território ucraniano e a Ucrânia buscando formas de reverter o curso do conflito.
Além da autorização para o uso de mísseis ATACMS, os EUA já haviam começado a levantar outras restrições ao envio de armamentos à Ucrânia, à medida que a guerra se intensificava. A entrada de tropas da Coreia do Norte ao lado das forças russas também complicou ainda mais a dinâmica internacional, aumentando a pressão sobre os países ocidentais. O Pentágono, entretanto, reafirma que a prioridade é garantir que a Ucrânia tenha os recursos necessários para resistir ao avanço russo, ainda que isso envolva riscos de uma escalada direta com a Rússia.