O governo ucraniano recebeu a autorização dos Estados Unidos para utilizar mísseis de longo alcance ATACMS contra alvos no território russo, uma mudança significativa na política americana. Até então, esses mísseis, fornecidos pelos EUA, eram limitados ao uso dentro das fronteiras ucranianas. A decisão foi tomada em um momento de intensificação do conflito, após o envio de tropas da Coreia do Norte para apoiar as forças russas e um ataque russo contra infraestrutura energética na Ucrânia. A liberação dos mísseis visa permitir que a Ucrânia atinja alvos estratégicos russos, como bases aéreas e centros logísticos, dificultando o reabastecimento das tropas de Moscovo.
A permissão para o uso dos ATACMS representa uma escalada significativa nas tensões entre os EUA e a Rússia, que considera a ação como uma linha vermelha, prometendo represálias severas. O presidente Vladimir Putin já afirmou que tal medida pode alterar a natureza do conflito e ameaçou realizar testes nucleares. A decisão de Joe Biden foi tomada diante da crescente urgência militar, especialmente com a formação de uma nova aliança entre Rússia e Coreia do Norte, e o fortalecimento das relações diplomáticas e militares entre os dois países.
O impacto dessa autorização pode ser profundo, com analistas apontando que ela poderá provocar uma nova fase no conflito, com a possibilidade de um aumento das hostilidades e uma resposta militar imediata por parte da Rússia. Além disso, a presença de tropas norte-coreanas ao lado das forças russas coloca mais pressão sobre o cenário geopolítico, enquanto a OTAN e os EUA tentam equilibrar o apoio à Ucrânia com a tentativa de evitar uma escalada ainda maior do conflito, que poderia envolver mais países e até desencadear um confronto global.