O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um aporte de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia durante sua visita a Manaus, no Amazonas, no domingo (17). Esse investimento, que eleva a contribuição dos EUA ao fundo para US$ 100 milhões, tem como objetivo acelerar a conservação de terras e águas, proteger a biodiversidade e combater a crise climática global. Durante sua visita, Biden também reafirmou o compromisso com as políticas ambientais, destacando que a luta contra as mudanças climáticas tem sido uma prioridade de seu governo.
O Fundo Amazônia, criado há 16 anos, visa financiar ações de combate ao desmatamento, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e apoiar as comunidades locais na região. Em seu discurso, Biden enfatizou a importância de uma abordagem integrada entre economia e meio ambiente, além de anunciar outras iniciativas globais, como a criação de uma coalizão internacional para arrecadar US$ 10 bilhões até 2030 para a restauração de terras. A visita também incluiu um sobrevoo da Amazônia, um encontro com lideranças indígenas e a assinatura de uma proclamação para o Dia Internacional da Conservação.
Esta foi a primeira vez que um presidente em exercício dos Estados Unidos visita a Amazônia brasileira. A viagem ocorre em um momento de crescente tensão política nos EUA, com a eleição de Donald Trump como novo presidente em 2025. Biden, ao final de seu mandato, procurou deixar um legado sólido nas políticas ambientais, apesar das incertezas em relação ao futuro da agenda climática no governo de seu sucessor. Ao fim da visita, o presidente seguiu para o Rio de Janeiro, onde participará da Cúpula dos Líderes do G20, com foco no crescimento econômico sustentável.