Em Tocantinópolis, um bebê indígena faleceu durante um parto realizado dentro de uma ambulância, após a mãe ser atendida e liberada pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local. Segundo a Associação União das Aldeias Apinajé (PEMPXÀ), a gestante, que estava com nove meses de gestação, procurou a UPA por dores de parto, mas foi orientada a voltar para casa. Mais tarde, ela voltou a sentir dores e foi levada de ambulância para o hospital, mas o parto ocorreu no trajeto, e o bebê não sobreviveu. A associação questiona a qualidade do atendimento e pede investigação.
O Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde Indígena afirmaram que a UPA de Tocantinópolis não é equipada para atender partos, sendo uma unidade destinada a urgências de menor complexidade. A orientação em casos como o da gestante é buscar um hospital ou maternidade. O Ministério também expressou pesar pelo ocorrido e garantiu que as equipes de saúde indígena seguiram os protocolos estabelecidos, sendo que o caso está sendo investigado. O Hospital Municipal de Tocantinópolis, por sua vez, informou que o bebê apresentava características de prematuridade e deformações anatômicas, o que indicaria que a causa do óbito estaria relacionada a complicações congênitas e não ao parto em si.
A morte do recém-nascido gerou comoção na comunidade indígena Apinajé e levantou questões sobre a qualidade e a disponibilidade do atendimento de saúde para povos indígenas na região. O caso continua a ser apurado pelas autoridades locais e pelas entidades responsáveis pela saúde indígena, com o objetivo de esclarecer todos os fatos e garantir melhores condições de atendimento para situações de maior complexidade.