Entre janeiro de 2023 e setembro de 2024, os bancos devolveram mais de R$ 7,88 bilhões ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devido a benefícios que não foram sacados pelos segurados dentro do prazo legal. Somente em 2023, mais de R$ 4,9 bilhões foram restituídos, enquanto entre janeiro e setembro de 2024, esse valor ultrapassou R$ 2,9 bilhões. A legislação determina que, após 60 dias sem movimentação, o valor depositado deve ser integralmente devolvido ao INSS, visando evitar fraudes e pagamentos indevidos.
O INSS informou que a devolução dos valores é uma forma de proteger os recursos públicos e, em casos de falta de movimentação, os pagamentos futuros ao beneficiário são suspensos. Os segurados têm a opção de regularizar sua situação e solicitar a liberação dos recursos que ainda podem ter direito. No entanto, o Instituto ainda não calculou quantos segurados tiveram seus benefícios devolvidos ou quantos conseguiram regularizar suas situações desde o início de 2023.
A situação de não saque pode ocorrer por diversos motivos, como falecimento do segurado ou mudanças em sua condição de elegibilidade. Um especialista em direito previdenciário, que presidiu o INSS, destacou que, embora os R$ 7,88 bilhões representem um montante significativo, esse valor é proporcional ao volume total de recursos movimentados pelo Instituto mensalmente, que é de dezenas de bilhões de reais. Para regularizar sua situação, o beneficiário pode entrar em contato com a Central de Atendimento do Ministério da Previdência ou acessar o Meu INSS para solicitar os pagamentos pendentes.