O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma nova resolução que exige que grandes instituições financeiras publiquem relatórios de sustentabilidade a partir de 2026. A medida obriga bancos e instituições que adotam padrões contábeis internacionais conforme o International Accounting Standards Board (IASB) a divulgarem informações sobre os impactos ambientais, climáticos e financeiros de suas operações. As regras incluem a aplicação das normas IFRS S1 e IFRS S2, que detalham requisitos gerais para informações financeiras relacionadas à sustentabilidade e divulgações específicas sobre questões climáticas.
A resolução se aplica a companhias abertas e instituições líderes em grandes grupos financeiros nos segmentos S1, S2 e S3, alinhando-se à regulamentação nacional estabelecida pela CVM nº 193/2023. Instituições que optarem pela publicação voluntária de relatórios também devem seguir integralmente os padrões internacionais do ISSB. A obrigatoriedade começa em 2026 para instituições dos segmentos S1 e S2 e em 2028 para o segmento S3 e para as que divulgam voluntariamente. A adoção antecipada é permitida e incentivada.
Para garantir a confiabilidade das informações, os relatórios deverão ser auditados por empresas independentes. Essa exigência busca proporcionar aos investidores dados mais confiáveis e comparáveis sobre riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade, facilitando decisões de investimento. A resolução entrará em vigor em 1º de janeiro de 2025, permitindo que as instituições financeiras ajustem seus processos para cumprir os novos requisitos.