O Banco do Brasil (BB) encerrou o terceiro trimestre de 2024 com um lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões, representando um aumento de 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em comparação com o segundo trimestre de 2024, o lucro cresceu modestamente em 0,1%. A carteira de crédito do banco avançou 13% em 12 meses, totalizando R$ 1,2 trilhão, impulsionada principalmente pelos segmentos de pessoa jurídica e agronegócio, que apresentaram crescimento de 13,5% e 13,7%, respectivamente.
No entanto, a taxa de inadimplência da carteira de empréstimos do banco subiu para 3,3%, marcando um aumento de 0,53 ponto percentual em relação ao ano passado e de 0,33 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. As provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) atingiram R$ 10,08 bilhões, um aumento significativo de 29,2% no trimestre e 34,2% em 12 meses. Esse crescimento nas provisões foi impactado por uma reestruturação de créditos ligados a uma operação de recuperação judicial de um cliente, que gerou ajustes nos processos de recuperação e imparidade.
As receitas com prestação de serviços, que incluem tarifas bancárias, somaram R$ 9,09 bilhões, apresentando um crescimento de 4,9% em relação ao ano passado. O aumento foi impulsionado pela gestão de fundos, que obteve um crescimento de 14,2%. Ao final de setembro, o banco alcançou R$ 2,47 trilhões em ativos e R$ 187,4 bilhões em patrimônio líquido, com aumentos de 9,8% e 9,9%, respectivamente, em relação ao ano anterior. A rentabilidade do banco, medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), foi de 21,1%, uma leve queda em comparação com os trimestres anteriores.